Como o Pix vai funcionar no varejo físico?
Veja tudo sobre como receber e usar o Pix no seu negócio.
Quem tem um varejo físico pode estar acostumado a esperar alguns dias para receber pagamentos com boleto, cartão ou por transferência. Com a chegada do Pix, entretanto, donos de lojas, mercados e restaurantes vão poder receber em tempo real, direto na conta, em qualquer horário e dia da semana.
Confira abaixo como o Pix vai funcionar no varejo físico.
Primeiro, o que é o Pix?
O Pix é um novo meio de pagamentos, anunciado pelo Banco Central em fevereiro de 2020. Ele vai permitir transferências e pagamentos em tempo real – independentemente do dia ou horário e para qualquer instituição financeira.
Em outras palavras: pessoas – jurídicas e físicas – vão poder enviar e receber dinheiro por meio do Pix, ganhando mais uma opção além de TED, DOC, boleto e cartão, por exemplo.
Lembrando que o Pix não é um app nem é exclusivo de uma instituição específica. Centenas de instituições do país vão oferecer o novo meio de pagamentos dentro dos canais que os clientes já estão acostumados a usar, como o app.
O Pix passou a funcionar no dia 16 de novembro, veja Quais as vantagens do Pix para o varejo físico.
Com o Pix, varejistas vão ter mais uma opção para receber pagamentos além de dinheiro físico, boleto, cartão de débito ou crédito e TED e DOC.
A vantagem é que, com o Pix:
• Os pagamentos vão entrar direto na conta da empresa em poucos segundos;
• Os custos das transações serão menores do que de outros meios de pagamento.
• Os pagamentos vão ser diretos entre pagador e recebedor – sem intermediários que podem tornar as transações mais caras e demoradas;
• Ficará mais fácil controlar o fluxo de caixa com a entrada de dinheiro em tempo real na conta.
O que o varejista precisa fazer para aceitar Pix?
De acordo com o Banco Central, para aceitar Pix o varejista precisa:
• Pesquisar as condições do serviço junto às instituições participantes do Pix, como bancos digitais, instituições financeiras e fintechs. É importante entender tarifas, funcionalidades e disponibilidade, por exemplo;
• Escolher uma conta transacional para receber o Pix – chamada formalmente de Prestador de Serviço de Pagamento, PSP;
• Caso o varejista tenha integração com sistemas de automação, é necessário verificar se o sistema possui integração com o Pix;
• Incentivar o recebimento com Pix junto aos consumidores.
É necessário se cadastrar para usar o Pix?
Uma empresa não precisa se cadastrar para usar o novo meio de pagamentos – ele estará disponível automaticamente para todos os clientes das instituições participantes do Pix. É recomendado, entretanto, cadastrar as chaves Pix.
As chaves são como apelidos utilizados para identificar a conta de uma empresa ou pessoa nas transações do Pix. Em vez de fornecer número da conta, agência e CNPJ para receber uma transação, por exemplo, a empresa só vai precisar informar sua chave – que poderá ser:
• CNPJ;
• Número de telefone celular;
• E-mail;
• Chave aleatória – um código formado por números, letras e símbolos gerado aleatoriamente no app da instituição financeira para identificar a conta.
Vai ser possível registrar mais de um e-mail e mais de um número de telefone como chave Pix, mas existe um limite de chaves: pessoas jurídicas vão poder registrar até 20 por conta da qual sejam titulares.
As chaves podem ser registradas em uma única conta ou em contas diferentes, mas não é possível registrar uma mesma chave em mais de uma conta. Quem registrar uma chave em uma instituição e se arrepender poderá fazer a portabilidade da chave para outra conta.
Como o varejista pode receber via Pix?
Varejistas vão poder receber via Pix de duas formas:
• Gerando um QR code para ser compartilhado com o pagador – que pode ser estático ou dinâmico, virtual ou físico;
• Informando uma chave Pix – CNPJ, número do telefone celular, email ou chave aleatória.
Uma vez que o pagamento é feito, ele leva segundos para ser creditado na conta do recebedor.
Quanto o Pix vai custar para o varejista?
O valor do Pix para pessoas jurídicas e o modelo de precificação podem ser definidos pelas instituições.
No caso dos MEIs (Microempreendedores Individuais), por outro lado, as regras são diferentes: fazer um Pix nos canais digitais da instituição financeira e receber uma transferência por Pix devem ser gratuitos.
A transação só pode ser cobrada quando o MEI recebe o pagamento de um produto ou serviço por Pix ou, então, utiliza canais de atendimento presencial ou pessoal (como telefone) para fazer um Pix – quando essa opção estiver disponível.
Fonte: Blog NuBank